Parada em Adis Abeba, aguardando o voo seguir para Hong Kong, depois Narita, e finalmente um metrô para Tóquio.
Isso me lembra 34 anos atrás quando eu estava aguardando o voo das Linhas Aéreas Paraguaias para seguir para o Oregon, nos EUA para me juntar à comunidade do Osho.
De lá para cá muitas águas já passaram pelo Ganges e desaguaram no oceano, como também muitas experiências eu vivi que desaguaram no oceano da minha consciência.
Foi na comunidade do Osho nos EUA que tive meu primeiro encontro com a Terapia da Respiração ou Renascimento.
Respirando de forma contínua e conectada, deixando fluir e acontecer o que quer que venha à tona. Uma terapia simples, na linha neorreichiana, mas que pode ajudar a trazer à tona e integrar muito do que ficou preso no inconsciente.
Pouco tempo depois, eu estava participando de uma formação profissional de Terapia da Respiração ou Renascimento.
Nessa mesma época eu já me divertia tirando tarô para amigos. Logo a seguir fiz uma formação de tarô e comecei a trabalhar com tarô e Renascimento. Esse foi o início do meu trabalho como terapeuta holístico.
Nessa época trazíamos para o Brasil os melhores terapeutas da Osho Comuna. Osho já havia se reinstalado em Puna- Índia, a partir de 1987.
Trouxemos então, dentre muitas, a formação em Osho Pulsation na qual participei.
O mundo do corpo e da energia se abriam de forma mágica para mim.
Osho Pulsation é uma terapia Neorreichiana que visa tocar e liberar traumas e feridas que se acumularam no nosso corpo e campos de energia.
Paralelamente fiz uma iniciação em Reiki, que se resume em uma captação da energia universal e transmissão através das mãos. Quando tocamos o cliente essa energia curativa adentra o mesmo levando ao relaxamento e à cura.
Osho criou então a Escola de Mistérios e logo me interessei em experienciar esse campo mágico e misterioso que me levou a compreender o ser humano de uma forma bem mais profunda e holística. Fiz nessa época uma longa formação em Ciências Esotéricas e Alquimia Interior.
A Alquimia me mostrou como ‘manipular’ a energia humana de forma que se possa tocar áreas que foram traumatizadas e que precisam ser reintegradas e transformadas.
De Adis Abeba para Hong Kong passamos por cima da Índia. Nesse momento me deu vontade de fechar os olhos e fazer 5 minutos de meditação.
A meditação certamente é a ferramenta principal da minha jornada. O Osho nos deu a consciência de que a terapia é uma ponte para a meditação. E todo o meu trabalho terapêutico está fundamentado na autopercepção e na percepção do outro sem julgamento, como um observador desidentificado.
Essa é uma boa definição do que a terapia representa pra mim: Uma jornada rumo ao autoconhecimento. Por mais que a terapia comece com uma necessidade do cliente de curar, por exemplo, uma depressão, um trauma ou uma ferida emocional, pra mim, ela tem que se transformar rapidamente em uma jornada em direção à autopercepção e ao autoconhecimento.
Hoje sinto que toquei e corporifiquei uma sensação de preenchimento que é difícil expressar em palavras. Mas sei que algo é transmitido ao cliente através da minha escuta silenciosa ou do meu toque consciente.
Todas as ferramentas são importantes, mas a verdadeira transmissão se dá além da técnica.
Expandi minha bagagem terapêutica quando inclui a Constelação Familiar, o ARUN – Toque Consciente e a Psicoterapia Somática Integrada.