Um Caso de Constelação Organizacional –

Thomaz e Ana são um casal que têm um espaço terapêutico e me pediram pra fazer uma Constelação Organizacional para ver algumas dificuldades que sentiam quanto à expansão do seu negócio.

Começamos a constelação colocando representantes para eles dois, a empresa e o propósito. Após alguns movimentos começou a ficar claro que os dois não compartilhavam do mesmo propósito. Para ele, o propósito principal era a empresa; enquanto para ela, o principal propósito era a família. 

Depois de algumas intervenções, os dois começaram a entender que não precisavam ter necessariamente o mesmo propósito para viverem juntos. Mas que seria necessário que um respeitasse o propósito principal do outro. Isso acontecendo a mulher poderia admirar o propósito do homem e segui-lo, apoiando-o; da mesma forma, o homem poderia honrar o propósito da mulher e apoia-la, ficando disponível para a família.

Percebo que no geral a mulher é mais ligada à família e sua maior realização é através da mesma; enquanto que  o homem necessita primeiramente se realizar profissional e financeiramente para se sentir preenchido e poder dar um passo em direção à família. Isso não significa que a mulher não precise se realizar profissionalmente também, mas simplesmente que, na maioria das vezes, seu propósito primeiro é a família.

Claro que as duas coisas podem andar juntas, porém se não houver uma compressão dos dois sobre essa ordem natural, eles podem perder muito tempo e energia com desentendimentos e discussões , em virtude de que cada um vai querer olhar apenas para o seu propósito, desmerecendo o propósito do outro.

O propósito de uma empresa deve ser amplamente discutido entre seus sócios, pois será ele que no fundo regerá a mesma. Todos os sócios precisam entender que trabalharão à serviço do propósito, pois este será sempre maior do que os objetivos pessoais dos funcionários, como também, maior do que a própria empresa.

Se isso está claro, a empresa, por seu lado, ressarcirá aos sócios o lucro sobre o seu investimento, pagará os funcionários e devolverá à própria empresa um percentual para ser reinvestido em expansão e melhorias.

 

Percepções de Bert Hellinger sobre o sucesso 

“Às vezes distinguimos, por um lado, entre as leis da família, a realização e a felicidade nos relacionamentos e, por outro lado, os campos de trabalho e da profissão, como se pudéssemos separá-los. Entretanto, eles sugerem as mesmas leis do sucesso e do fracasso, as mesmas leis da felicidade e da infelicidade, as mesmas ordens na vida e no amor.”

“Em relação ao nosso sucesso, centramento significa que todas as forças permanecem juntas e direcionadas a uma meta a ser alcançada, sem nos deixarmos deter ou distrair por coisas secundárias. O sucesso vem através do desempenho centrado em direção ao essencial.”

“A força centrada gera alegria. O sucesso reluz já nos primeiros passos, estimulando-nos. Através desse centramento o trabalho avança com facilidade mesmo quando parece ser difícil.”

“O centramento começa no espírito. Está desperto, percebe muitas coisas simultaneamente e capta num instante o passo seguinte a ser dado.”

“Uma meta que nos promete algo precioso nos atrai. Somente aquelas metas que servem à vida de muitos têm essa força de atração. Portanto, a meta vem ao nosso encontro por si mesma.”

“Ela nos atrai de tal forma que sabemos que estamos centrados em sua direção, em sintonia com as forças com as quais servimos a essa meta. Simultaneamente vivenciamos que estamos transcendendo essa meta, ganhando força decisiva que nos leva consigo, alegres e felizes para uma vida plena de sucesso.’

Trechos do livro Ordens do Sucesso, de Bert Hellinger

 

Guilherme Ashara tem formação em Constelações Familiares e Organizacionais com os alemães Bert Hellinger, Sophie Hellinger, Dr. Bertold Hulsamer, Mimansa Farny e Svagito Liebermeister. 

Ashara teve a honra de ser pioneiro trazendo a Constelação Sistêmica para o Ceará em 1997 e desde então atua como terapeuta sistêmico e constelador. 

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Foto de Ashara